"Dor..."

"Dor..."
A dor física crônica é um dos mestres mais duros que se pode ter. Ela nos ensina que "a resistência é inútil" e que as mãos foram feitas para curar...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quiropatia







Definição

Quiroprática, quiropraxia ou ainda quiropatia definem uma técnica de cura natural cuja preocupação básica é a liberação das articulações para um pleno fluxo nervoso em todo o organismo.

A Quiroprática detém-se principalmente na ligação das articulações das vértebras, já que elas alojam a medula espinhal e as raízes nervosas que dão origem à maioria dos nervos do corpo. Por isso a técnica é também chamada Manipulação Vertebral.

Histórico

Existem dados históricos tais como desenhos e esculturas que provam que técnicas de ajustes vertebrais já eram utilizadas por antigas civilizações tais como Grega, Egípcia, Chinesa e Indiana, há mais de 3200 anos.

Modernamente, atribui-se a Daniel David Palmer a redescoberta e início de sistematização da técnica para o mundo ocidental. No oriente, e particularmente na China as manipulações vertebrais sofreram evolução ao longo de sua longa história e são há muito tempo praticadas em associação à massagem Tui-Na.

D. D. Palmer, nascido à 7 de março de 1845 no Canadá, era um "curador", não médico, que usava para ministrar seus tratamentos prática de magnetismo. Certa vez, em 1895, ao tratar de uma surdez pós-traumática, investigou a coluna cervical do paciente, um mordomo negro, e descobriu que havia vértebra desalinhada das demais. Aplicou então, por diversas vezes, pressões sobre esta vértebra, conseguindo recolocá-la no lugar, e para surpresa de todos em poucos dias o mordomo estava curado da surdez.

A partir de então concentrou toda sua atenção em pesquisar o sistema nervoso e suas intricadas ramificações e, lentamente, foi observando a enorme importância que a estrutura óssea, e principalmente as articulações, com sua engenharia maravilhosa, representavam para a perfeita manifestação de energia nervosa que fluía e refluía do cérebro. As suas observações foram-no levando a ver que era nas articulações que havia maior probabilidade dos condutos nervosos sofrerem algum tipo de pressão, dificultando o livre tráfego de informações entre o cérebro e as diversas partes do organismo, fossem tecidos, órgãos ou mesmo funções.

Em 1910, morre D. D. Palmer, e assume seu lugar seu filho B. J. Palmer que dá prosseguimento ao seu trabalho no que se refere ao aprimoramento técnico e sistematização do gesto quiroprático bem como na luta para colocar a quiroprática em situação de respeito frente à invalidação que sofria da medicina convencional, sempre temerosa de perder o poder.

O método Maigne

Roberto Maigne, francês, fundou o método que leva o seu nome. Desde 1949, Robert Maigne se dedicava de artes manipulativas e teve o mérito de codificar o gesto de manipulação fazendo-lhe perder o caráter aleatório e tornando-o mais seguro: estabelece as regras da não-dor e do movimento contrário. Além disso ele aperfeiçoou métodos analíticos de pesquisas das "perturbações intervertebrais menores", causadoras de males distantes do local de origem que antes não haviam sido devidamente correlacionadas. A partir dele, a Quiroprática passou a ser ensinada em faculdades de medicina.

Princípios básicos da quiroprática

  1. Irrelações anatômicas podem criar distúrbios funcionais no corpo.
  2. Distúrbios do sistema nervoso são os principais fatores no desenvolvimento de muitas doenças.
  3. Subluxações espinhais são uma causa específica da irritação dos nervos e da ocorrência de dor radicular ou de dor referida.
  4. O princípio víscero-espinhal: a irritação dos nervos espinhais podem conduzir a um distúrbio na função de um ou mais órgãos internos do corpo.

Conceitos básicos da Quiroprática

Subluxações: deslocamento incompleto entre 2 superfícies articulares. Na coluna vertebral, subluxações entre as vértebras provocam irritação das raízes nervosas que emergem da coluna, gerando dor irradiada pelos nervos espinhais, afetando o sistema músculo-esquelético e distúrbios viscerais, devido à interferência no sistema nervoso autônomo.

Manipulação

É uma manobra realizada em uma articulação com uma velocidade tal que ocorre antes que a pessoas em que está sendo praticada seja capaz de impedi-la. a manipulação geralmente ultrapassa o limite fisiológico da articulação e sempre respeita o limite anatômico da mesma. É um movimento passivo.

Mobilização

É um movimento passivo executado de tal maneira (principalmente com relação à velocidade do movimento) que está, todo o tempo, dentro da capacidade do paciente para impedi-lo se assim o desejar. A mobilização respeita sempre o limite fisiológico da articulação.

Movimento passivo

É um movimento de uma articulação de uma pessoas executado por outra ou por um equipamento. Pode se referir aos movimentos acessórios de uma articulação ou aos seus movimentos fisiológicos. Os movimentos fisiológicos são aqueles movimentos que o paciente pode executar por si próprio, ativamente. Movimentos acessórios são aqueles movimentos que a pessoas não pode executá-los ativamente, mas que podem ser feitos nela por outra pessoa, por exemplo a rotação das articulações interfalangianas.

Limite fisiológico

É a amplitude máxima do movimento que uma pessoas pode realizar ativamente (movimento fisiológico) em uma articulação.

Limite anatômico

É a amplitude máxima do movimento a que uma articulação pode ser submetida sem que hajam danos às estruturas ósseas, ligamentares e musculares. Está além do limite fisiológico e só é aproximado numa manipulação.

A coluna vertebral

A coluna vertebral, também chamada coluna raquídica ou apenas raque, é constituída essencialmente por pequenos ossos discóides - as vértebras -, superposto de maneira regular e unidos por ligamentos. A coluna está situada na linha média da parte posterior do tronco e, além de sustentar os ossos do crânio, da bacia (cintura pélvica), as costelas (caixa torácica), a clavícula (cintura escapular) e a maior parte das vísceras, serve de proteção à medula espinhal.

A coluna é a estrutura que caracteriza todos os vertebrados e todos eles apresentam uma extensão do sistema nervoso central - a medula - contida no interior da coluna.

Regiões da coluna vertebral

Nos mamíferos, a coluna vertebral é dividida em cinco regiões distintas: cervical (de cervix, pescoço), torácica, lombar, sacral e caldal (no homem, denominada coccígea). A cervical, que representa o esqueleto do pescoço, é constituída por sete vértebras denominadas cervicais. Com exceção de apenas duas ou três espécies, há sempre sete vértebras cervicais em todos os mamíferos.

A região dorsal ou torácica - eixo de sustentação do tórax - é formada por doze vértebras dorsais ou torácicas, que se articulam com as costelas e as sustentam.

A região lombar representa o apoio ósseo do abdome e compõe-se de cinco vértebras lombares.

No homem, a região sacral, com cinco vértebras sacrais, está soldada à coccígea, com quatro ou cinco vértebras coccígeas. Essa porção fecha por trás a cavidade da bacia.

Características gerais

Em sua parte anterior, as vértebras são formadas por um corpo; na parte posterior, por um arco, que delimita o orifício ou forame vertebral. A articulação entre elas é feita de tal maneira que as facetas articulares que são laterais ao forame vertebral formam, por sua vez, outros orifícios, chamados de orifícios de conjugação, por onde sairão os nervos espinhais ou raquidianos. O corpo da vértebra é um pequeno cilindro sólido e achatado, ligeiramente oval. O arco localiza-se atrás do corpo e é formado por duas lâminas dispostas em "V" e voltadas para a frente; estas lâminas unem-se ao corpo através de pedículos. Como reforço e guia dos movimentos, há uma projeção óssea no sentido posterior com inclinação caudal (para baixo), chamada de apófise espinhal, e duas projeções laterais (apófises laterais) que facilita tanto a articulação com outras estruturas ósseas (costelas por exemplo), como são áreas de inserções musculares (aponeuroses) que possibilitam uma vasta gama de movimentos.

A sobreposição dos orifícios vertebrais (forames vertebrais) constitui o chamado canal vertebral, que constitui a medula. A articulação dos corpos vertebrais é feita por meio de discos intervertebrais, com exceção das vértebras da região sacrococcigea, que estão soldadas entre si. Os discos situam-se entre os corpos vertebrais. O disco é composto principalmente por um anel externo de material fibroso, que aninha um núcleo interno de aparência gelatinosa, atuante como absorvedor (amortecedor) de choques. Seu aspecto mais importante é o fato de ser ele uma das poucas áreas do organismo não vascularirizadas, não recebendo portando o seu alimento através do sangue. A absorção dos ingredientes necessários à sua manutenção saudável é feita por osmose, ou seja, quando eles está devidamente alinhado com o corpo vertebral as fibras que o compõe recebem as substâncias nutritivas. Isto ocorre principalmente à noite.








Saúde, Terapías & Bem-Estar

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