A maioria das doenças provém dos problemas da Coluna
"A teurapia do Futuro"
Definição
Quiroprática, quiropraxia
ou ainda quiropatia definem uma técnica de cura natural cuja preocupação básica é a
liberação das articulações para um pleno fluxo nervoso em todo o organismo.
A Quiroprática detém-se
principalmente na ligação das articulações das vértebras, já que elas alojam a
medula espinhal e as raízes nervosas que dão origem à maioria dos nervos do corpo. Por
isso a técnica é também chamada Manipulação Vertebral.
Histórico
Existem dados históricos
tais como desenhos e esculturas que provam que técnicas de ajustes vertebrais já eram
utilizadas por antigas civilizações tais como Grega, Egípcia, Chinesa e Indiana, há
mais de 3200 anos.
Modernamente, atribui-se a
Daniel David Palmer a redescoberta e início de sistematização da técnica para o mundo
ocidental. No oriente, e particularmente na China as manipulações vertebrais sofreram
evolução ao longo de sua longa história e são há muito tempo praticadas em
associação à massagem Tui-Na.
D. D. Palmer, nascido à 7
de março de 1845 no Canadá, era um "curador", não médico, que usava para
ministrar seus tratamentos prática de magnetismo. Certa vez, em 1895, ao tratar de uma
surdez pós-traumática, investigou a coluna cervical do paciente, um mordomo negro, e
descobriu que havia vértebra desalinhada das demais. Aplicou então, por diversas vezes,
pressões sobre esta vértebra, conseguindo recolocá-la no lugar, e para surpresa de
todos em poucos dias o mordomo estava curado da surdez.
A partir de então
concentrou toda sua atenção em pesquisar o sistema nervoso e suas intricadas
ramificações e, lentamente, foi observando a enorme importância que a estrutura óssea,
e principalmente as articulações, com sua engenharia maravilhosa, representavam para a
perfeita manifestação de energia nervosa que fluía e refluía do cérebro. As suas
observações foram-no levando a ver que era nas articulações que havia maior
probabilidade dos condutos nervosos sofrerem algum tipo de pressão, dificultando o livre
tráfego de informações entre o cérebro e as diversas partes do organismo, fossem
tecidos, órgãos ou mesmo funções.
Em 1910, morre D. D. Palmer,
e assume seu lugar seu filho B. J. Palmer que dá prosseguimento ao seu trabalho no que se
refere ao aprimoramento técnico e sistematização do gesto quiroprático bem como na
luta para colocar a quiroprática em situação de respeito frente à invalidação que
sofria da medicina convencional, sempre temerosa de perder o poder.
O método Maigne
Roberto Maigne, francês,
fundou o método que leva o seu nome. Desde 1949, Robert Maigne se dedicava de artes
manipulativas e teve o mérito de codificar o gesto de manipulação fazendo-lhe perder o
caráter aleatório e tornando-o mais seguro: estabelece as regras da não-dor e do
movimento contrário. Além disso ele aperfeiçoou métodos analíticos de pesquisas das
"perturbações intervertebrais menores", causadoras de males distantes do local
de origem que antes não haviam sido devidamente correlacionadas. A partir dele, a
Quiroprática passou a ser ensinada em faculdades de medicina.
Princípios básicos da
quiroprática
- Irrelações anatômicas podem criar distúrbios funcionais no corpo.
- Distúrbios do sistema nervoso são os principais fatores no desenvolvimento de muitas doenças.
- Subluxações espinhais são uma causa específica da irritação dos nervos e da ocorrência de dor radicular ou de dor referida.
- O princípio víscero-espinhal: a irritação dos nervos espinhais podem conduzir a um distúrbio na função de um ou mais órgãos internos do corpo.
Conceitos básicos da
Quiroprática
Subluxações: deslocamento
incompleto entre 2 superfícies articulares. Na coluna vertebral, subluxações entre as
vértebras provocam irritação das raízes nervosas que emergem da coluna, gerando dor
irradiada pelos nervos espinhais, afetando o sistema músculo-esquelético e distúrbios
viscerais, devido à interferência no sistema nervoso autônomo.
Manipulação
É uma manobra realizada em
uma articulação com uma velocidade tal que ocorre antes que a pessoas em que está sendo
praticada seja capaz de impedi-la. a manipulação geralmente ultrapassa o limite
fisiológico da articulação e sempre respeita o limite anatômico da mesma. É um
movimento passivo.
Mobilização
É um movimento passivo
executado de tal maneira (principalmente com relação à velocidade do movimento) que
está, todo o tempo, dentro da capacidade do paciente para impedi-lo se assim o desejar. A
mobilização respeita sempre o limite fisiológico da articulação.
Movimento passivo
É um movimento de uma
articulação de uma pessoas executado por outra ou por um equipamento. Pode se referir
aos movimentos acessórios de uma articulação ou aos seus movimentos fisiológicos. Os
movimentos fisiológicos são aqueles movimentos que o paciente pode executar por si
próprio, ativamente. Movimentos acessórios são aqueles movimentos que a pessoas não
pode executá-los ativamente, mas que podem ser feitos nela por outra pessoa, por exemplo
a rotação das articulações interfalangianas.
Limite fisiológico
É a amplitude máxima do
movimento que uma pessoas pode realizar ativamente (movimento fisiológico) em uma
articulação.
Limite anatômico
É a amplitude máxima do
movimento a que uma articulação pode ser submetida sem que hajam danos às estruturas
ósseas, ligamentares e musculares. Está além do limite fisiológico e só é aproximado
numa manipulação.
A coluna vertebral
A coluna vertebral, também
chamada coluna raquídica ou apenas raque, é constituída essencialmente por pequenos
ossos discóides - as vértebras -, superposto de maneira regular e unidos por ligamentos.
A coluna está situada na linha média da parte posterior do tronco e, além de sustentar
os ossos do crânio, da bacia (cintura pélvica), as costelas (caixa torácica), a
clavícula (cintura escapular) e a maior parte das vísceras, serve de proteção à
medula espinhal.
A coluna é a estrutura que
caracteriza todos os vertebrados e todos eles apresentam uma extensão do sistema nervoso
central - a medula - contida no interior da coluna.
Regiões da coluna vertebral
Nos mamíferos, a coluna
vertebral é dividida em cinco regiões distintas: cervical (de cervix, pescoço),
torácica, lombar, sacral e caldal (no homem, denominada coccígea). A cervical, que
representa o esqueleto do pescoço, é constituída por sete vértebras denominadas
cervicais. Com exceção de apenas duas ou três espécies, há sempre sete vértebras
cervicais em todos os mamíferos.
A região dorsal ou
torácica - eixo de sustentação do tórax - é formada por doze vértebras dorsais ou
torácicas, que se articulam com as costelas e as sustentam.
A região lombar representa
o apoio ósseo do abdome e compõe-se de cinco vértebras lombares.
No homem, a região sacral,
com cinco vértebras sacrais, está soldada à coccígea, com quatro ou cinco vértebras
coccígeas. Essa porção fecha por trás a cavidade da bacia.
Características gerais
Em sua parte anterior, as
vértebras são formadas por um corpo; na parte posterior, por um arco, que delimita o
orifício ou forame vertebral. A articulação entre elas é feita de tal maneira que as
facetas articulares que são laterais ao forame vertebral formam, por sua vez, outros
orifícios, chamados de orifícios de conjugação, por onde sairão os nervos espinhais
ou raquidianos. O corpo da vértebra é um pequeno cilindro sólido e achatado,
ligeiramente oval. O arco localiza-se atrás do corpo e é formado por duas lâminas
dispostas em "V" e voltadas para a frente; estas lâminas unem-se ao corpo
através de pedículos. Como reforço e guia dos movimentos, há uma projeção óssea no
sentido posterior com inclinação caudal (para baixo), chamada de apófise espinhal, e
duas projeções laterais (apófises laterais) que facilita tanto a articulação com
outras estruturas ósseas (costelas por exemplo), como são áreas de inserções
musculares (aponeuroses) que possibilitam uma vasta gama de movimentos.
A sobreposição dos
orifícios vertebrais (forames vertebrais) constitui o chamado canal vertebral, que
constitui a medula. A articulação dos corpos vertebrais é feita por meio de discos
intervertebrais, com exceção das vértebras da região sacrococcigea, que estão
soldadas entre si. Os discos situam-se entre os corpos vertebrais. O disco é composto
principalmente por um anel externo de material fibroso, que aninha um núcleo interno de
aparência gelatinosa, atuante como absorvedor (amortecedor) de choques. Seu aspecto mais
importante é o fato de ser ele uma das poucas áreas do organismo não vascularirizadas,
não recebendo portando o seu alimento através do sangue. A absorção dos ingredientes
necessários à sua manutenção saudável é feita por osmose, ou seja, quando eles está
devidamente alinhado com o corpo vertebral as fibras que o compõe recebem as substâncias
nutritivas. Isto ocorre principalmente à noite.
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